Militares da Marinha são condenados a mais de 20 anos pela morte de policial civil no Rio
20 anos pela morte
Militares da Marinha são condenados a mais de 20 anos pela morte de policial civil no Rio
Sargento atirou em Renato Couto após discussão em ferro-velho; corpo foi jogado em rio ainda com vida. Marinha expulsou envolvidos após processo istrativo
Renato Couto foi assassinado depois de uma discussão em ferro-velho na Zona Norte do Rio
Rede Social
Resumo
Sem tempo? Nossa inteligência artificial resume para você.
Leia aqui
Militares da Marinha são condenados a mais de 20 anos pela morte de policial civil no Rio
Dois sargentos da Marinha foram condenados por ass o policial Renato Couto, jogando-o vivo em um rio após baleá-lo. Um cabo foi absolvido e o pai de um dos militares foi condenado por fraude. A Marinha expulsou os envolvidos após processo interno.
Gerado em: 12/06/2025
Laguinho
O Laguinho é a iniciativa do Rlagos para oferecer soluções de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Laguinho é supervisionada por jornalistas.
RIO DE JANEIRO – Os ex-sargentos da Marinha, Bruno Santos de Lima e Manoel Vitor Silva Soares, foram condenados a 25 anos e 8 meses e 23 anos e 10 meses de prisão, respectivamente, pela morte do policial civil Renato Couto de Mendonça, em maio de 2022, na Zona Norte do Rio. O julgamento durou 35 horas e foi realizado pelo III Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Segundo o processo, Renato, que era perito papiloscopista da Polícia Civil, foi baleado após discutir com os militares e o dono de um ferro-velho na Praça da Bandeira. O policial procurava objetos furtados de uma obra e acabou morto com três tiros disparados por Bruno. O grupo usou uma viatura oficial da Marinha para remover o corpo do local.
O crime chocou pela brutalidade: Renato foi levado ainda vivo até uma ponte sobre o Rio Guandu, entre Japeri e Seropédica, na Baixada Fluminense, e arremessado do alto. Laudo pericial apontou que a causa da morte foi afogamento. Para o Ministério Público do Rio (MPRJ), o assassinato foi motivado por vingança e impossibilitou qualquer reação da vítima.
O cabo Daris Fidelis Motta foi absolvido de todas as acusações. Já Lourival Ferreira de Lima, pai de Bruno e dono do ferro-velho, foi condenado a seis meses de detenção em regime aberto por fraude processual, após tentar alterar o local do crime. Ele foi absolvido do homicídio.
A Marinha, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que os envolvidos foram expulsos da corporação em março de 2023, após processo istrativo que comprovou a violação de preceitos éticos e morais do Estatuto dos Militares.
O Ministério Público destacou que a vítima foi atraída sob pretexto de ressarcimento e executada sem chance de defesa, tornando o homicídio qualificado por motivo torpe. O crime teve forte repercussão à época, e os envolvidos foram presos menos de 48 horas após o assassinato.