Sem tempo? Nossa inteligência artificial resume para você.
Leia aqui
Carros de luxo, cavalos e R$ 218 milhões: operação mira lavagem de dinheiro em Campos
A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Caballus em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Foram apreendidos 45 cavalos de raça, veículos como Porsche e BMW, além do bloqueio de R$ 218 milhões. O empresário Wagner Crespo Luiz é apontado como chefe do grupo, suspeito de fraudar contratos públicos com municípios fluminenses.
Gerado em: 14/05/2025
Laguinho
O Laguinho é a iniciativa do Rlagos para oferecer soluções de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Laguinho é supervisionada por jornalistas.
CAMPOS DOS GOYTACAZES – A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu dezenas de cavalos de raça, carros de luxo, eletrônicos e bloqueou cerca de R$ 218 milhões em uma operação contra um esquema de fraude em licitações públicas. A ação, batizada de Operação Caballus, foi deflagrada nesta terça-feira (14) em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e teve como alvo principal o empresário Wagner Crespo Luiz, apontado como líder da organização criminosa.
Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão contra seis alvos. Entre os bens confiscados estão 45 cavalos avaliados em R$ 6 milhões, além de veículos de luxo como um Porsche (R$ 1,7 milhão), um Dodge RAM (R$ 370 mil) e uma BMW X1 (R$ 350 mil). Também foram recolhidos sete computadores e cinco celulares.
De acordo com a Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), os investigados utilizavam empresas fantasmas para vencer licitações nos municípios de Campos, Quissamã, São Fidélis e Niterói. Os contratos eram voltados ao fornecimento de medicamentos e materiais hospitalares, mas os recursos públicos teriam sido desviados em benefício do grupo.
A investigação revelou ainda movimentações financeiras suspeitas, saques fracionados e uso de contas em nome de laranjas. Parte do dinheiro teria sido direcionada para a manutenção de um haras pertencente a Wagner Crespo.
“Encontramos lojas vazias, sem os equipamentos ou materiais necessários para que prestem esses tipos de serviços. Está muito claro que houve fraude nas licitações, mas isso vai ser melhor elucidado em uma segunda etapa”, afirmou a delegada Ana Carolina Lemos, responsável pela investigação.
A defesa de Wagner Crespo classificou as acusações como “absurdas” e afirmou que a inocência dele será comprovada durante o processo, que corre sob segredo de justiça.
A Operação Caballus é considerada a primeira fase de uma apuração mais ampla. A Polícia Civil continua os trabalhos para identificar novos envolvidos, dimensionar o prejuízo aos cofres públicos e recuperar os ativos desviados.