QUEIMADOS – A cidade de Queimados, na Baixada Fluminense, vive um clima de revolta popular nesta terça-feira (7) após uma ação considerada abusiva autorizada pelo prefeito Glauco Kaizer. A operação, realizada pela Guarda Municipal, resultou na apreensão de motocicletas de trabalhadores que utilizam o transporte como principal meio de sustento. O episódio gerou forte indignação nas ruas e nas redes sociais.
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Com a insatisfação crescente, moradores se mobilizaram e atearam fogo em entulho e objetos no conhecido “Buraco do Max”, um túnel que já virou símbolo de abandono e que foi transformado em ponto de protesto. O ato é um sinal claro do desgaste da gestão municipal, vista por muitos como autoritária e distante das necessidades do povo.
A operação, que teria como objetivo o combate ao transporte irregular, acabou atingindo diretamente pais de família, entregadores e mototaxistas, que dependem das motos para garantir renda. Vereadores aliados ao prefeito chegaram a se posicionar publicamente contra a medida, chamando a ação de “desastrosa, insensível e desumana”.
“Isso é mais uma covardia contra o trabalhador. O prefeito deveria estar ajudando, não perseguindo quem tenta sobreviver com dignidade”, disse um comerciante da região que preferiu não se identificar.
A gestão de Glauco Kaizer tem sido marcada por polêmicas e decisões que geram forte rejeição popular. A repressão aos motociclistas se soma a uma série de insatisfações que envolvem falta de investimento em infraestrutura, saúde e abandono de serviços básicos.
A população promete continuar os protestos caso a prefeitura não recue das ações. Em resposta, até o momento, o prefeito não se manifestou oficialmente sobre o episódio.
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