QUISSAMÃ — O Ministério Público Eleitoral se manifestou pela cassação do mandato da vereadora Alexandra Moreira (PL), de Quissamã, no Norte Fluminense. Conhecida como “Poubel de Saia”, em referência ao deputado estadual Filippe Poubel (PL), de quem é aliada, a parlamentar é alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por suposto abuso de poder político durante a campanha de 2024.
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De acordo com a petição assinada pelo promotor Ismael Augusto Sirieiro Monteiro, da 255ª Promotoria Eleitoral, os abusos teriam ocorrido em ações de fiscalização realizadas nos dias 26 e 27 de setembro de 2024, período eleitoral. A ação foi proposta pela coligação do atual prefeito, Marcelo Batista (PP), que acusa Alexandra de usar a atividade parlamentar para interferir no pleito de forma indevida.
Entre os episódios relatados, está a interceptação de uma van escolar que transportava crianças com necessidades especiais, ocasião em que, segundo a denúncia, a vereadora teria filmado os alunos sem autorização, gerando desconforto e comoção. “Várias delas choraram, segundo testemunhas”, relata a petição.
A parlamentar também teria invadido a Escola Municipal Délfica de Carvalho Wagner e a Unidade Emergencial Mário Barros Wagner, ações que, segundo o MP, extrapolam o exercício legítimo da fiscalização e caracterizam abuso de poder com potencial de influenciar o eleitorado.
“Restou configurado o abuso de poder, diante da demonstração da prática de ato ilegal com potencialidade de desequilibrar a imparcialidade na vontade do eleitor”, afirmou o promotor Ismael Monteiro.
O caso segue agora para julgamento na Justiça Eleitoral, que vai decidir se acata ou não o pedido de cassação.
Pronunciamento de Alexandra Moreira
Em nota, Alexandra Moreira defendeu sua atuação e negou qualquer irregularidade. “As fiscalizações fazem parte da minha rotina de trabalho. Jamais utilizei essas ações para fins eleitoreiros. Sempre atuei dentro da legalidade, acionando os órgãos de controle quando necessário”, declarou.
A vereadora também destacou que o próprio parecer do Ministério Público reconhece que não houve prova de que suas fiscalizações tenham tido finalidade eleitoral. “Sigo tranquila, certa de que sempre agi dentro da legalidade e confiante na Justiça”, afirmou.
Por fim, ela disse não ter “apego a cargos” e reafirmou sua confiança na Constituição Federal, que garante a atuação livre e independente do legislativo municipal.

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